06 dezembro, 2012

nunca encarei a morte desta maneira, tão pouco me interroguei tanto sobre ela, desde que te foste, dessa maneira, acompanhada dela. nunca pensei que te fosses já, aliás nunca iria pensar que já era hora de ires, afinal de contas nunca queremos nem nunca sabemos a hora de dizer adeus. e pior, um adeus para sempre. como dizer aqui que a minha avó faleceu, que me doeu tanto, e que me faz falta? fazes muita falta, a dor tem diminuindo ou pelo menos tenho-me distraído mais, e tenho seguido c a minha vida pois seria sempre aquilo que quisesses, que eu, tanto como o resto dos teus rebentos seguissem c a vida e como sempre fazerem por ser felizes. mas não é fácil, porque tu estavas lá, e agora já não estás. para ligar, receber os teus parabéns, ver-te no natal, na pascoa , e fim-de-semanas...as coisas mudam, e nós notamos. mudam, e nunca mais voltam a mudar para o que eram, porque tu não vais voltar mais. penso em ti umas 10 mil vezes ao dia, ou desço á terra umas 10 mil vezes ao dia, sim descer á terra porque nos momentos em que não penso, é a sensação ter a mesma vida, a vida onde tu ainda estavas presente, e quando me lembro só digo para mim "porra, já não estás cá"... no outro dia lembrei-me do que talvez te iria oferecer no natal " ...parece que nada", e é duro... pela primeira vez já não vais cá estar no natal , e é tão estranho. e penso onde estarás, como estarás, o que estarás a pensar, se me estarás a ver, se me estarás a falar e eu não te ouço...pior penso se havia maneiras que te impedisse de ir. é inevitável lágrimas não caírem, porque dói. e os meus dias têm sido marcados pelo facto de me esquecer, sorrir e de repente olhar para o nada e lembrar-te de ti, descer á terra e encarar a dura realidade várias vezes ao dias, as várias vezes em que olho para o nada e me lembro de ti. sei que várias memórias eu recordo e...sinto muito a tua falta. e não vais voltar mais...